Ainda no início do filme, em uma cena com sua amiga, esta mostra um vídeo que fez de sua mãe dormindo e reflete sobre como quando estamos dormindo estamos livres para viver em nossos sonhos. Como acontece com o personagem principal em seu relacionamento com o sistema operacional de seu computador. É como se vivesse em um sonho o filme todo, como se estivesse dormindo, mas em seu caso, é a vida real e o tempo passa. Em seu relacionamento o personagem cresce e supera outras questões mal resolvidas.
Boa parte das cenas se passam em ambientes onde há pouca interação social, onde as pessoas se cruzam nas ruas mas não se conhecem, num ambiente de uma grande cidade. O filme lembra muito o artista Edward Hopper (1882-1967) e sua solidão na cidade. Focado em seu relacionamento virtual, o protagonista é sempre mostrado na grande cidade, mas isolado. Ele faz uma viagem, mas para o lugar onde vai não há ninguém além dele mesmo. São paisagens completamente vazias ou vazias de sentido que me fizeram lembrar Hopper, até mesmo em um frame do filme onde o protagonista olha pela janela a grande cidade e a luz invade seu apartamento, revelando sua solidão, como na obra de Hopper. Abaixo algumas imagens do filme e de Hopper.
Cartaz do filme
Imagem do filme
Edward Hopper_Cadeira
Edward Hopper_Nighthawks